domingo, 27 de dezembro de 2009

Feliz 2010 a toda Nação Imperiana.

O blog G.R.E.S. Império Serrano vem desejar a toda a Nação Imperiana um maravilhoso 2010, com muita paz e saúde a todos, e que a verde e branco de Madureira mantenha sua tradição de fazer um Carnaval de samba no pé, baseado na sua clássica mistura de Samba Enredo de verdade e Bateria nota mil. Vamos continuar nossa luta pela tradição das Escolas de Samba e contra o Carnaval do dinheiro, da grande mídia e da "sacanagem".

E vamos curtir a virada do ano ao som do nosso samba de 2010:

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Raridade - Belíssima foto do Carnaval 1972.

O Desfile Campeão do Império Serrano no Carnaval de 1972, em uma belíssima imagem aérea da Avenida Presidente Vargas, com a Candelária ao fundo.



G.R.E.S. Império Serrano, tradição viva e história do Carnaval Brasileiro.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Grandes Personagens da História Imperiana - Alfredo Costa.


Filho de João Batista da Costa e de Cecília Maria da Costa, o mineiro Alfredo Costa, de profissão guarda-freios do trem noturno da Estrada de Ferro Central do Brasil, era um grande baluarte do carnaval da Serrinha na década de 1920. Antônio dos Santos, o Fuleiro, o grande diretor de harmonia do samba carioca, que viria a se casar com uma sobrinha de Araci Costa (Dona Iaiá), mulher de Alfredo, contava que quando chegou à Serrinha, em 1926, com 15 anos, o bloco Cabelo de Mana, de Alfredo Costa, ainda existia, saindo às ruas durante o carnaval.
O Cabelo de Mana, engrossado pelos Oliveira, é a origem da Escola de Samba Prazer da Serrinha, que já na década de 30 comparece aos carnavais, devendo sua fundação datar de fins da década de 1920.
O samba dos compositores Hélio dos Santos, o tio Hélio, e Rubens da Silva, de nome Prazer da Serrinha, retrata com fidelidade o que foi a vida musical da escola de samba Prazer da Serrinha, onde nasceram sambas dos mais lindos do cancioneiro carioca:

Qualquer criança
bate um pandeiro
e toca um cavaquinho
acompanha o canto de um passarinho
sem errar o compasso,
quem não acreditar
poderemos provar,
pode crer,
nós não somos de enganar,
melodia mora lá
no Prazer da Serrinha

Nós vivemos alegres a cantar,
a nossa Escola
nos dá emoção,
porque ninguém jamais
poderá desmoronar
a nossa união.

Fonte: Site oficial do Império Serrano.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Império já tem o Samba- Enredo de 2010.

Fonte: Jornal O Dia on line.

O Império Serrano escolheu na madrugada desta terça-feira o samba-enredo com o qual tentará vencer o Grupo de Acesso e com isso voltar à elite do Carnaval. A composição vencedora é assinada por Marcelo Ramos, Henrique Hoffmann, Paulinho Valença, Willian Black e Popeye. O grupo derrotou Arlindo Cruz na finalíssima. O enredo do Império é sobre a vida e a obra do escritor João do Rio.
Às 4h45 desta terça foi anunciado o resultado pelo presidente Humberto Soares Carneiro. Ao todo, a comissão julgadora foi composta por 29 pessoas. Em seguida, em meio a muita comemoração, o intérprete Anderson Paz, voz oficial da agremiação, puxou o samba-enredo e junto à bateria levou os imperianos a festejar na rua. O Império Serrano será a 2ª escola a pisar na Marquês de Sapucaí no Sábado de Carnaval.


Quitéria Chagas comandou a festa no Império Serrrano | Foto: Ag. News

Autores: Marcelo Ramos, Henrique Hoffmann, Paulinho Valença, Willian Black e Popeye

VOU LEVAR MEU SAMBA POR AÍ
PASSEANDO PELAS RUAS
FELIZ DA VIDA
SAINDO DA MISERICÓRDIA ONDE TUDO COMEÇOU
MISTURA DE RAÇAS, A DIVERSIDADE
NO LARGO DO PAÇO, A PRIMEIRA CIDADE
UM ENCONTRO COM A RIQUEZA DE CULTURAS
JULIETA NA JANELA ESPERANDO SEU AMOR
PELAS RUAS DO JOÃO DO RIO
CHEGANDO AO CAIS A FORÇA DO ESTIVADOR

VEM QUE O IMPÉRIO TE LEVA
VEM RECITAR POESIAS EM CANÇÕES
E NOS BOULEVARES E VIELAS
VEM OUVIR O CANTO DAS FAVELAS

TEM SANTO PRA TUDO
É A FÉ COMO ESCUDO
ME AMPARO NA LANÇA DO SANTO GUERREIRO
LIVROS E JORNAIS, PINTORES GENIAIS
REVISTAS, CANTORES E ARTISTAS
AH! E NAS RUAS DO CENTRO O CARNAVAL
CORDÕES, MAIS UM SHOW DE ALEGRIA
HOJE FLANELINHAS, AMBULANTES CAMELÔS
CANÁRIO NATURAL DO DIA-A-DIA

NUMA EXPLOSÃO DE EMOÇÃO
É VERDE-E-BRANCO ESSA PAIXÃO
É UM CASO SÉRIO
E NA SERRINHA ECOA A VOZ DE UMA CANÇÃO QUE DIZ:
SOU IMPÉRIO!

Parabéns do blog aos compositores vencedores!!!

sábado, 3 de outubro de 2009

Império Serrano e Rosa Magalhães, eterno caso de amor.

A volta da carnavalesca Rosa Magalhães ao Império Serrano no Carnaval 2010 marca o retorno de um antigo caso de amor, eternizado pelo antológico "Bum Bum Paticumbum Prugurundum", enredo e samba do inesquecível título imperiano em 1982.
O vídeo amador abaixo mostra toda a emoção de Rosa Magalhães ao retornar na quadra imperiana, sendo recebida pela voz de Jorginho do Império, cantando justamente o nosso eterno hino, "BUM BUM PATICUMBUM PRUGURUNDUM".

sábado, 26 de setembro de 2009

Carnaval 2010 - Ordem do Desfile do Grupo A - sábado - 13/fevereiro/2010.

Ordem de desfile do Grupo A para o Carnaval 2010:

1 - Unidos de Padre Miguel
2 - Império Serrano
3 - Império da Tijuca
4 - Tuiuti
5 - Inocentes de Belford Roxo
6 - Renascer de Jacarepaguá
7 - Caprichosos
8 - São Clemente
9 - Santa Cruz
10 - Rocinha
11 - Estácio de Sá
12 - Cubango

sábado, 19 de setembro de 2009

"Serrinha" na voz de Clara Nunes.


Clara Nunes nasceu em Paraopeba, MG, em 12 de agosto de 1943. O pai, Mané Serrador, era violeiro e cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo Horizonte, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Por essa época cantava no coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, concluía o curso normal. Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do Adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar, na finalíssima realizada em São Paulo, com Só Adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.

Em 1965 foi para o Rio de Janeiro e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP, A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções. Em 1968, gravou Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba. Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Bello de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com musicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora, que vendeu mais de 100 mil copias. Em fevereiro 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho. Em 1973 gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras com Conto de areia (Romildo e Toninho). Em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria. Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro lançou Claridade, seu disco de maior sucesso. Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto. Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança. No ano seguinte veio Brasil mestiço, que incluiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu último disco. Apesar de ser "portelense de carteirinha", tinha uma grande admiração pelo Império Serrano e sua história, tanto que fez uma das mais belas homenagens já recebidas pela nossa escola, a música "Serrinha".


Morreu em 02 de Abril 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após um choque anafilático ocorrido durante uma cirurgia de varizes. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.

Leiam abaixo a letra de Serrinha (Clara Nunes):

Serrinha
É o império do samba chegando
É o povo te homenageando
Te escolhendo como a preferida
Serrinha
Que no meio de tanta riqueza
É uma dama da alta nobreza
No cortejo real da avenida
Mas que sedução!
Que triunfal!
Teu pavilhão Imperial
Tens tradição
És imortal
Sobre as cores verde e branco
Repousa a coroa do império sobre o carnaval
Mesmo quando perde
O povo grita é o vencedor
Porque o povo tem um coração
De imperador
Império Serrano é a minha
Escola que dá prazer
É o prazer da Serrinha
E nos orgulhamos de dizer
Imperial, Imperial
Eu sou também,é voz geral
Por isso vem, vem pessoal
E vamos jurar a bandeira imperial

Vídeo - Clara Nunes canta com a Serrinha:

sábado, 12 de setembro de 2009

Comissão de frente do carnaval 2009 - uma estranha história.



A comissão de frente do Império Serrano em 2009 estava impecável, bonita, criativa e totalmente inserida no enredo. Estranhamente os jurados não tiveram a mesma opinião do público e crítica especializada, tirando décimos decisivos para o resultado final da apuração.
G.R.E.S. Império Serrano.
Apuração do Carnaval 2009 - Quesito Comissão de frente.
Primeiro jurado= 9.8 - Segundo jurado= 9.9
Terceiro jurado= 9.7 - Quarto jurado= 9.8
Total= 39.2 - Perda de 0,8 pontos, simplesmente a diferença em relação a penúltima escola, Mocidade Independente de Padre Miguel.



Avaliando as apurações dos Carnavais da era LIESA, seus julgadores adoram dar notas maiores para quase todas as agremiações nos quesitos técnicos como bateria e samba-enredo, e desequilibram a apuração sendo bem mais rigorosos em quesitos que dependem um pouco mais de "grana", como alegorias e adereços e fantasia. O quesito comissão de frente parece seguir um roteiro baseado no ranking da LIESA, separando as agremiações em grupos distintos, com notas distintas, muito curioso.

Vejam o vídeo dos preparativos da comissão de frente do Império Serrano na concentração da Marques de Sapucaí para o desfile de 2009. Tirar 0,8 pontos, que falta de sensibilidade carnavalesca:



Presto aqui nossa homenagem a toda Comissão de frente imperiana, nota dez em nossos corações e mentes!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Recordar é viver - Bateria Imperiana em 1968.



A mais premiada de todas as baterias das Escolas de Samba merece homenagens constantes, e faço aqui mais uma homenagem, postando uma foto de nossa bateria durante o desfile no Carnaval de 1968, em que o Império Serrano desfilou com o saudoso enredo "Pernambuco, Leão do Norte".

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Preciosidade - Entrevista com Sebastião Molequinho.

Saudações imperianas! Garimpando pela internet descobri uma entrevista feita pela TV Globo com Sebastião Molequinho, fundador da G.R.E.S. Império Serrano. Certamente é um vídeo de grande importância histórica.
Melhor do que falar é curtir esta preciosidade:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Velha Guarda do Império Serrano.


A Velha Guarda é sempre um dos maiores patrimônios das Escolas de Samba.
E falando de Império Serrano, sua Velha Guarda tornou-se patrimônio do próprio Carnaval do Brasil.

Bandeira da Velha Guarda da G.R.E.S. Império Serrano:


Alguns nomes de destaque da atual Velha Guarda do Império: Toninho Fuleiro, Fabrício, Aloísio Machado, Capoeira da Cuíca, Silvio, Lindomar, Balbina, Nina, Zé Luis, Ivan Milanês, Wilson das Neves, Cizinho, entre outros...

Entre todas as músicas que já ouvi a Velha Guarda cantar, minhas preferidas são "Império tocou reunir" de Silas de Oliveira e Dona Ivone Lara, e "Menino de 47" de Nilton Campolino e Molequinho.


Quem desejar conhecer melhor o belo trabalho da "moçada", minha sugestão é o CD "Império Serrano, um show de Velha Guarda", do selo Biscoito Fino. Veja a capa do CD:

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Planeta Terra canta "Império Serrano".

Os Sambas de Enredo imperianos são tão maravilhosos, que são executados em todos os cantos do mundo. Um belo exemplo está no vídeo abaixo, uma performance do Grupo Zabumba, em pleno festival musical na França, no ano de 2007. Detalhe, a maioria dos componentes do grupo não têm a nacionalidade brasileira. O samba escolhido foi "Brasil, berço dos imigrantes", de Jorge Lucas e Roberto Ribeiro, nosso hino no Carnaval de 1977. Detalhe, atualmente, na era LIESA, as composições são tão medíocres, que não sabemos cantar a maioria dos sambas dos últimos três anos. Quando o samba tem a "grife" imperiana é diferente, simplesmente 30 anos depois, franceses cantam "Brasil, berço dos imigrantes" de ponta a ponta, e com um delicioso sotaque gringo no fundo.

"BRASIL, BERÇO DOS IMIGRANTES". (Letra).

É tempo de Carnaval
Hoje as cores do Império
Vem saudar a imigração
Numa dourada alegria
Neste dia de folia
O samba é anfitrião
Desta gente que ao chegar
Semeou nesta terra
Seu folclore popular
Brasil, berço dos imigrantes
Sua raça é mistura
Sem cessar
O povo com seu sorriso
Vem pra avenida festejar
Violas de pássaros
Clarins de vento (bis)
O Arlequim
Entoando um canto lento
Num céu de serpentinas
Um Pierrô vai desfilar
O dominó ganhou confete
E ao imigrante foi saudar
Olha o passo da mulata
Esplendor da Colombina
Canta e samba minha gente
Nesta festa que domina (bis)
Lá, lá, laiá
Lá, laiá, laiá
Lá, laiá, lá, laia (bis)


Curtam esta bela curiosidade:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

HEROÍS DA LIBERDADE - O Melhor Samba-Enredo de todos os tempos.



Jornal O Globo - Carnaval de 2003.
O melhor samba-enredo de todos os tempos é...
Reportagem de Bernardo Araujo, Daniela Name e João Pimentel.

Deu Silas de Oliveira na cabeça: o melhor samba-enredo de todos os tempos é “Heróis da liberdade”, dele com Mano Décio da Viola e Manoel Ferreira, que o Império Serrano levou para a avenida em 1969. O primeiro lugar em um universo de centenas de sambas foi dado ao hino alviverde por 10 das 70 pessoas ouvidas pelo GLOBO, em uma enquete que ainda elegeu “Agudás, os que levaram a África no coração e trouxeram para o coração da África o Brasil!”, da Unidos da Tijuca, o melhor samba de 2003, seguido de perto por “Os dez mandamentos: o samba da paz canta a saga da liberdade”, da Mangueira. Na eleição dos melhores de todos os tempos, o vice-campeonato ficou com “Os sertões”, da Em Cima da Hora, de 1976 (de autoria de Edeor de Paula), e a medalha de bronze com “Aquarela Brasileira”, também do Império Serrano e de Silas de Oliveira. Dos cinco primeiros colocados na enquete, três foram do compositor imperiano — “Cinco bailes tradicionais na História do Rio”, de 1965, que ele fez com Dona Ivone Lara e Bacalhau, foi o quarto colocado, ao lado de “O mundo encantado de Monteiro Lobato”, da Mangueira em 1967.

Nem todos os 70 eleitores ouvidos na enquete conheciam os sambas de 2003 o suficiente para ter um favorito. No entanto, a crença radical de que nada presta nas composições recentes já não é tão forte quanto se poderia supor. É claro que alguns embarcam no bloco do “não ouvi e não gostei”, como o compositor Nei Lopes e o roqueiro Guilherme Isnard. No entanto, veteranos conhecedores do mundo das escolas como Sérgio Cabral, Fernando Pamplona e Haroldo Costa ouviram o disco de 2003 com atenção e têm suas opiniões: — Gosto do samba do Salgueiro, pela originalidade — diz Cabral, nascido em Cavalcante e torcedor (e ex-enredo) da Em Cima da Hora.

A escolha de um único samba-enredo em mais de mil foi ingrata para a maioria das pessoas, que insistia em votar em dois ou três. — Essa escolha é fogo! — reclamou, bem-humorado, o escritor Haroldo Costa, que acaba de lançar “Salgueiro — 50 anos de glória”, sobre sua escola do coração, que vai justamente contar esse meio século de história em seu desfile, hoje à noite. — Há vários sambas antológicos, inesquecíveis. Voto em “Chica da Silva”, do Salgueiro, que, além de bonito, é um samba que marcou época, na minha opinião.

A pesquisadora e escritora Rachel Valença justifica seu voto no “Cinco bailes”, do Império, com o academicismo adequado: — É um samba que obedece rigorosamente à estrutura da epopéia — diz ela. — Intuitivamente, Dona Ivone, Silas de Oliveira e Bacalhau compuseram o mais clássico dos sambas-enredo.

LETRA DA ANTOLOGIA.
Heróis da Liberdade (Silas de Oliveira / Mano Décio da Viola / Manoel Ferreira).

Passava noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia o fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria, com sabedoria
Deu sua decisão
Com flores e alegria
Veio a abolição
A independência
Laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Essa brisa que a juventude afaga
Essa chama
Que o ódio não apaga pelo universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, ó samba
Tem a sua primazia
Em gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade
Ô, ô, ô, ô Liberdade senhor!

Muitos cantores e cantoras, dentre eles Martinho da Vila e João Bosco, gravaram "Heróis da Liberdade". Como tal mãe, tal filha, depois de ouvir Elis Regina cantando "Alô, Alô, Taí Carmen Miranda", que tal ouvir "Heróis da Liberdade" com Maria Rita:

sábado, 25 de julho de 2009

Império Serrano, Carmen Miranda e Elis Regina, arte pura!

As outras Escolas de Samba podem chiar e morrer de inveja, pois quando se fala em Samba de Enredo, se traduz Império Serrano. Não é coisa de torcedor, é simplesmente a realidade histórica do Carnaval Carioca.
Um bom exemplo é o nosso samba de 1972, que nem está entre os nossos melhores de todos os tempos.“Alô, Alô, Taí Carmem Miranda”, samba que levou o Império Serrano ao seu oitavo título do desfile das grandes Escolas de Samba do Rio de Janeiro, uma poesia melódica na maravilhosa voz de Elis Regina.
Curta esta obra de arte musical.

sábado, 18 de julho de 2009

Mano Décio da Viola - Centenário de nascimento.



Um dos personagens mais importantes dos primeiros anos do Império Serrano e das próprias escolas de samba, compositor que formatou o samba enredo e criou clássicos como "Heróis da liberdade" e "Exaltação à Tiradentes", Mano Décio da Viola completaria um século de vida na terça passada. Parceiro e, por vezes, adversário de Silas de Oliveira - considerado o grande mestre do estilo e de quem, de certa forma e injustamente, viveu à sombra - ele terá obra e vida lembradas na tradicional feijoada da Império Serrano este sábado, em Madureira; em um debate seguido de um show de Jorginho do Império, seu filho, na segunda, dia 20, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e em um CD, gravado pelo próprio Jorginho, a ser lançado ainda este ano.



- O Mano Décio foi quem sistematizou a narrativa do samba enredo, que até então, nos anos 1940, era disperso, não narrativo. Os sambas eram evocativos de temas como o amor, a musa. E ele foi o pioneiro com o "Exaltação a Tiradentes", em 1949 - conta o pesquisador Ricardo Cravo Albin, que conheceu o sambista quando presidia o Museu da Imagem e do Som. - Ele foi fundamental no esboço que fizemos, em 1967, de um futuro Museu do Carnaval. Tinha um lado voltado para a pesquisa, para importância de se preservar a história.
Para ele, que integrará, juntamente com Sergio Cabral, Haroldo Costa e Rachel Valença a mesa do dia 20, na ABI, a obra de Mano Décio merecia um destaque maior.
- Numa reunião para o evento, o (jornalista) Maurício Azedo cantou alguns sambas dele que eu mesmo não lembrava. Coisas que deveria estar em qualquer antologia mas foram esquecidas. Ele e Silas, juntos ou separados,contaram boa parte da história do Brasil.



Décio Antonio Carvalho nasceu em Santo Amaro da Purificacão, mesma cidade de Caetano Veloso, mas com meses foi para a mineira Juiz de Fora e, com um ano, já estava no Rio de Janeiro, no Morro de Santo Antônio, uma escala para o Morro de Mangueira, onde chegaria em 1915. Com 14 anos foi morar em Madureira, onde teve contato com blocos como o Vai Como Pode, a futura Portela, foi inevitável.
Mas pouco depois, fugindo da atenção excessiva do pai, foi morar na casa de parentes, novamente em Mangueira. Quando o cerco paterno apertou, fugiu e passou a viver de bicos, vendendo jornais e cocada no Largo da Carioca, e dormindo na rua. Depois conseguiu abrigo na casa de Manga, fundador do tradicional Recreio de Ramos e irmão de Armando Marçal, um dos professores da primeira escola de samba, a Estácio de Sá.
Sua primeira música, gravada por Almirante nos anos 1930, foi "Vem meu amor", feita sobre a melodia de uma valsa de Richard Strauss. Vendeu muito samba para os cantores da época, como era de praxe, até que voltou para Madureira e conheceu a escola Prazer da Serrinha, embrião da Império Serrano. Compositor de mão cheia, logo ganhou respeito na escola e o apelido. Mano era a alcunha dos mestres das escolas como Elói, da Serrinha, e Rubens e Edgar, da Estácio. O "da Viola" se deveu ao fato de ele tocar bandola na época. Nesta época, em 1955, após uma divergência na Portela, Antônio Caetano, um dos baluartes da azul-e-branco foi à Serrinha, onde tinha parentes, e sugeriu um enredo para o carnaval. Era "Conferência de São Francisco". Mano Décio topou fazer um samba de acordo com o enredo e procurou Silas. No dia do desfile, Alfredo, "dono" do Prazer da Serrinha, disse que a escola sairia com outro samba. A letra que cantava "Estabeleceu a paz universal/ Depois da guerra mundial" não saiu, mas foi o primeiro samba a narrar uma história.
Sua primeira música, gravada por Almirante nos anos 1930, foi "Vem meu amor", feita sobre a melodia de uma valsa de Richard Strauss. Vendeu muito samba para os cantores da época, como era de praxe, até que voltou para Madureira e conheceu a escola Prazer da Serrinha, embrião da Império Serrano. Compositor de mão cheia, logo ganhou respeito na escola e o apelido. Mano era a alcunha dos mestres das escolas como Elói, da Serrinha, e Rubens e Edgar, da Estácio. O "da Viola" se deveu ao fato de ele tocar bandola na época. Nesta época, em 1955, após uma divergência na Portela, Antônio Caetano, um dos baluartes da azul-e-branco foi à Serrinha, onde tinha parentes, e sugeriu um enredo para o carnaval. Era "Conferência de São Francisco". Mano Décio topou fazer um samba de acordo com o enredo e procurou Silas. No dia do desfile, Alfredo, "dono" do Prazer da Serrinha, disse que a escola sairia com outro samba. A letra que cantava "Estabeleceu a paz universal/ Depois da guerra mundial" não saiu, mas foi o primeiro samba a narrar uma história.
- Convivi com o Mano Décio quando cheguei no Império, na década de 60. Ele, Silas e o Jorginho Peçanha, que hoje é muito pouco lembrado, eram as pessoas mais importantes da escola. Silas era imperiano até debaixo d'água, enquanto o Mano Décio era um andarilho, um cidadão do mundo. Por isso, quando brigou no Império foi para a Portela. Quando voltou, procurou o Silas para fazer o que seria o último samba dos dois na escola - conta Rachel Valença. - Mano Décio era doce. Silas ficou como uma unanimidade, mas ele tem sambas maravilhosos feitos com outros parceiros como "Rio dos vice-reis".



Sérgio Cabral conta que o apelido que deu para Paulinho da Viola foi inspirado em Mano Décio.
- Eu tinha fascínio por ele e por aquele apelido. Ele fazia uns almoços ótimos, frequentados por cantores como o Roberto Silva e o Rizadinha, e personagens do Império como o mestre Fuleiro e o Sebastião Molequinho. Ele gravou tarde, mas bastante, quatro discos. Era forte na melodia, mas de vez em quando cometia imagens maravilhosas como: "A minha cruz é do tamanho do abandono que ser você deu".
Haroldo Costa, que dirigiu um show do sambista na Sala Funarte, lembra sua consciência política.
- Ele tinha esse discernimento. É bom lembrar sempre que o Império desfilou com "Heróis da liberdade" dois meses depois de decretado o AI-5.
(Fonte: João Pimentel - Jornal "O Globo")

quinta-feira, 16 de julho de 2009

CARNAVAL 2010 - SINOPSE DO ENREDO.

ENREDO: "JOÃO DAS RUAS DO RIO"



João das ruas do Rio.

Eu amo a rua. Este sentimento de natureza toda íntima não seria revelado por mim, se não julgasse que este amor absoluto e exagerado é partilhado por todos nós.

A rua, espaço por onde se anda e passeia. Ora, a rua é mais que isso, é um fator de vida das cidades. A rua tem alma!

Não há nada mais enternecedor que o princípio de uma rua.

No início capim, um braço a ligar duas artérias. Um dia cercam a sua beira, um lote de terreno, surgem os alicerces de uma casa. Depois outra e outra. Três ou quatro habitantes proclamam sua salubridade ou sossego.

O importante é que a rua é a causa fundamental da diversidade de tipos humanos. A rua é a civilização da estrada. Onde morre o grande caminho, começa a rua, por isso ela está para a grande cidade como a estrada está para o mundo.

A rua da Misericórdia foi a primeira rua do Rio. Dela partimos todos nós, nela passaram vice-reis malandros, os gananciosos, os escravos nus, os senhores em redes, os índios batidos, negros presos a ferros.

O primeiro balbucio da cidade foi um grito de misericórdia, um ai! Dela brotou a cidade, no antigo largo do Paço. Ela continuou pelos séculos...
Cada rua tem um estoque especial de expressões, ideias e gostos. As conversas variam, o amor varia, até o namoro é absolutamente diverso. Em Botafogo, à sombra das árvores do parque ou no grande portão, Julieta espera Romeu, elegante e solitária. Em Haddock Lobo, Julieta garruleia em bando pela calçada, e nas casas humildes da Cidade Nova Julieta, que trabalhou todo o dia, pensando nessa hora fugaz, pende à janela seu busto formoso.


O que se vê pelas ruas do Rio do João

Do cais, cortado de lanchas, de velas brancas, o desenho dos navios, das fortalezas. À beira desse cais, saveiros enormes esperavam a mercadoria, e em cima, formando um círculo ininterrupto, homens de braços nus saíam a correr dentro da casa, atiravam o saco no saveiro, davam a volta na disparada, tornavam a sair a galope com outro saco, sem cessar, contínuos como uma correia de uma grande máquina.

Eram sessenta, oitenta, cem, talvez duzentos, não os podia contar.

Pelos boulevares que vão dar no cais, a vida da cidade vibrava num rumor de apoteose, naquele trecho do mercado. Os vendedores ambulantes entram ali como por um terreno novo a conquistar.

O ratoeiro compra ratos. É um negociante, o entreposto entre as ratoeiras da cidade e a Diretoria de Saúde.Vai até o subúrbio tocando uma corneta(1). O vendedor de doces arria a caixa e entrega o braço a um moleque. Aquele pequeno é um marcador, faz tatuagens com três agulhas e um pote de tinta. Passa o vendedor de orações, colecionei essas súplicas bizarras. Há orações para santos que nem o papa conhece: S. Gurmim, boa para dor nos calos, e São Puiúna, infalível nas nevralgias. E até mesmo oração para o mar sagrado:

Mar sagrado, eu te venho salvar(2), a tua água te venho pedir para fortuna por Deus para minha casa levar; para que me dê ouro para guardar e prata para gastar, cobre para dar aos pobres.

Na esquina do teatro S. Pedro Arcanjo, um italiano vende livros e jornais. A História da princesa Magalona, Carlos Magno e Testamento dos bichos são os mais vendidos.

Não há cidade no mundo onde haja mais gente célebre que a cidade de S. Sebastião. Vamos ver os pintores, não os Vitor Meirelles(3) e Castagnettos(4) , mas os pintores de rua, heróis da tabuleta(5), artistas da arte prática. Vamos a pequenas amostras - Os macacos trepados em pipas de parati(6), mulheres com molhos de trigo nas mãos, apainelando(7) padarias, paisagens que se repetem com a visão de quem pinta: há o Pão de Açúcar redondo como uma bola, no Estácio, em feitio de valise, no Andaraí, o mesmo Pão comprido e fino em São Cristóvão. Paisagens de batalhas, pôr do sol e mares revoltos. Paisagens de botequins - tabuletas. Foi um poeta que considerou as tabuletas os brasões da rua.

A origem dos títulos é sempre curiosa. Na rua Senhor dos Passos, "Depósito de aves de penas" e na rua Sete "grande sortimento de frutas verdes e secas". Na rua da Constituição, uma casa de bilhetes intitulada "Casa Idealista", porque quem compra bilhetes vive no mundo da lua, e há uma casa de coroas, "O Lírio Impermeável" e outra, "Vulcão das 49 Flores".

Apesar dos gramofones e da intensa proliferação dos pianos nos hotéis, nos botequins, nas lojas de calçados, os músicos ambulantes foram aparecendo novamente nos cafés, tascas, baiúcas, e de novo pelas ruas os realejos, os violinos, as gaitas recomeçaram seu triunfo e lobriguei outro dia ainda um bicho lendário por mim julgado tão desaparecido quanto o megatério(8): o homem dos sete instrumentos.

Esta cidade é essencialmente musical; era impossível passar sem os músicos ambulantes. E dança-se muito também.

Na rua Frei Caneca, na de Santana, em São Clemente e S. Cristóvão tem reisados, contei numa noite mais de 40. Um dos grupos carnavalescos chama-se Rei de Ouros.

Tu tu tu, quem bate à porta
Menina, vai ver quem é
É o triunfo Rei de Ouros
Com sua pastora ao pé

Em plena rua do Ouvidor, não se podia andar. Era provável que do largo de São Francisco até a rua Direita dançassem vinte cordões carnavalescos, rufassem 200 tambores, zabumbassem 100 zabumbas, gritassem 50 mil pessoas. Era a loucura, o pandemônio do barulho e da sandice. Os cordões são os núcleos irredutíveis da folia carioca, brotam com um fulgor mais vivo e são antes de tudo bem do povo, bem da terra, bem da alma encantadora e bárbara do Rio.


Hoje ainda nas ruas do Rio do João

O tempo passou, surgiram novas ruas cheias de arranha-céus, novos bairros, novos transportes, mas a rua ferve de gente e... de ambulantes.

São pipoqueiros, tapioqueiros, vendedores de acarajé, milho verde, olha a pamonha! O vassoureiro equilibra todo tipo de vassouras e espanadores, pastéis, churros, empadas, a caminhonete vende cachorro-quente com as coberturas mais inusitadas de petit-pois e maionese, panos de chão clareados, burro-sem-rabo com pilhas de sacos de papel e jornal, e latinha de cerveja amassada, nas esquinas flores e plantas para todos os gostos, óculos de grau se misturam a colares de retalhos, bijuterias e relógios - só fica sem saber das horas quem quiser! Carregadores para celulares, protetores para o sol, balas de todo tipo e as frutas da estação, em oferta especial.

Os flanelinhas guardam as vagas, o garoto insiste em lavar os vidros, um cantor vende seus próprios CDs, e nesse circo armado nas ruas, os malabaristas fazem suas demonstrações de equilíbrio e agilidade, entre um sinal e outro.

Amo as ruas do Rio, tal como João do Rio, do Rio de Janeiro, a casa de todos nós!!!!

Rosa Magalhães
Junho 2009


(1) Por ocasião da campanha de saneamento do Rio de Janeiro, no início do século XX, a Diretoria de Saúde Pública, preocupada em exterminar os ratos, transmissores da peste bubônica, remunerava cada rato morto que lhe fosse apresentado. Surgiu daí a figura do comprador de ratos, que percorria a cidade com uma corneta para chamar a atenção de quem os tivesse para vender.
(2) Aqui no sentido de dar salvas, saudar.
(3) Vitor Meirelles foi um grande pintor brasileiro (1832-1903), autor do quadro Primeira Missa no Brasil.
(4) Giovanni Castagnetto (1862-1900), pintor italiano radicado no Brasil, destacou-se por pintar paisagens marinhas.
(5) Letreiro, anúncio.
(6) Sinônimo de cachaça.
(7) Enfeitando os painéis.
(8) Animal pré-histórico, contemporâneo dos dinossauros.


Bibliografia consultada:

João do Rio. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1910.
Magalhães Júnior, Raymundo. A vida vertiginosa de João do Rio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
João do Rio. Os melhores contos de João do Rio. Seleção de Helena Parente Cunha. S. Paulo: Global, 1990.

sábado, 11 de julho de 2009

Relíquia Imperiana garimpada em sebo.



Amigos imperianos, hoje ganhei o meu dia. Encontrei uma raridade imperiana garimpando um sebo de discos antigos. O LP "Samba, oração do morro, com a Escola de Samba Império Serrano" foi produzido pela antiga gravadora Copacabana na década de 60.



Vejam que capa maravilhosa, com a porta-bandeira segurando nosso estandarte do Carnaval de 1961.



A contra-capa tem um belo texto de Sérgio Cabral falando sobre a Império Serrano.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Carnavais do Passado - 1980.

CARNAVAL DE 1980.
Enredo: "IMPÉRIO DAS ILUSÕES - ATLÂNTIDA, ELDORADO, SONHO E AVENTURA".

Informações sobre o desfile.
Resultado: 5ª Colocada do Grupo 1A com 80 pontos.
Data, Local e Ordem de Desfile:
1ª Escola de 17/02/80, Domingo, Av. Marquês de Sapucaí.
Autor(es) do Enredo: Mauro de Almeida, Bira, Vandinho e José Eugênio.
Carnavalesco(s): Mauro de Almeida, Bira, Vandinho e José Eugênio.
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Alice e Sérgio Jamelão.

Vídeo do Samba-Enredo na voz de Roberto Ribeiro(Rede Globo):



Letra do Samba: IMPÉRIO DAS ILUSÕES - ATLÂNTIDA, ELDORADO, SONHO E AVENTURA.
Autor(es): Durval Nery e Joaquim Aquiar.
Puxador(es): Roberto Ribeiro e Darcy Maraviha.

"Em sonhos coloridos
No Império das ilusões
Viajei por caminhos floridos
Num carrossel de emoções
Ao se abrir a porta do Sol
A luz me levou ao passado milenar
Eu vi o reino encantado
Que aventureiros sonhavam encontrar
Pelas matas verdejantes
Rios bravios ouvi cantar
Vi guerreiras enfeitadas com brilhantes
Vitórias-Régias flutuando ao luar
Nas cidades por onde passei
Com Castelos de Safiras me encantei
Nessa aventura divinal
Encontrei montanhas de Cristal

O vento trazia poeira, poeira de ouro
E transformava meu caminho em tesouro (bis)

A roda do tempo transformou em mar
Um continente de riqueza
Minha ilusão foi procurar
O que restou de tanta beleza
Quando despertei do meu sonho
Num cenário iluminado

Vi no Império Serrano
A sedução do Eldorado" (bis).



Estandartes de Ouro conquistados pela Império Serrano em 1980:
Melhor Ala - Ala sente o drama.
Mestre-Sala - Sérgio Jamelão.
Personalidade Feminina - Vovó Maria Joana.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

1984 - Meu primeiro desfile na Império Serrano.

O ano da inauguração do Sambódromo (Passarela do Samba) foi também o de minha estréia defendendo as cores da minha Escola de Samba de coração, a amada Império Serrano. Desfilamos com o enredo "Foi malandro é", um samba bem divertido e bonito, marca registrada imperiana. Infelizmente uma de minhas maiores decepções é não ter tirado fotos de minhas fantasias nos primeiros anos de Império Serrano, tudo porque eu preferia guardar as fantasias em sacos plásticos, até que em um não tão belo dia resolvi abrir os sacos de quase uma década de desfiles, e para tristeza absoluta, estava tudo mofado e apodrecido, uma lamentável perda de parte da memória documental de minha vida.
Em 1984 eu tinha 16 anos, hoje tenho 41, e na memória tenho a lembrança de ter perdido completamente a voz quando viramos da concentração, entrando na Sapucaí, uma emoção guardada para sempre. Desfilamos eu, minha mãe e minhas primas de Pindamonhangaba, Carmen e Kátia. Detalhe: foi o único ano que desfilei junto com minha mãe no Império Serrano, porque foi a despedida dela da Sapucaí, devido ao cansaço excessivo pelo desfile sob o escaldante sol carioca.
A fantasia, me lembro relativamente bem, era da cor dourada e branca, e tinha um grande adereço de mão, uma espécie de lamparina de rua antiga.
Para relembrar um pouco do saudoso desfile, vejam as imagens abaixo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Carnaval 2010 - Carnavalesca Rosa Magalhães é do Império Serrano !!

Pouco mais depois de um mês após assinar contrato com a União da Ilha, Rosa Magalhães surpreende de novo. A veterana carnavalesca fechou oficialmente neste sábado com o Império Serrano, que está no Grupo de Acesso, e dará expediente duplo em 2010. A negociação foi conduzida pela vice-presidente de Carnaval da verde-e-branco, Raquel Valença, que é amiga pessoal de Rosa.
A maior campeã do Sambódromo foi apresentada à comunidade da escola na tarde deste sábado, durante a feijoada. Rosa já vinha sendo sondada antes mesmo de fechar com a União da Ilha. Agora, ela precisará dividir sua equipe para desenvolver os dois desfiles. A volta de Rosa Magalhães ao Império promete animar ainda mais os torcedores na luta para a escola retornar ao Grupo Especial. Em 1982, Rosa foi a responsável, ao lado de Lícia Lacerda, pelo antológico enredo 'Bumbum Paticumbum Prugurumdum', que acabou dando a vitória à agremiação de Madureira.
Rosa assinará o desfile junto com Mauro Leite e Andréa Vieira, seus fiéis escudeiros. 'Aceitei o convite da Rachel (Valença, vice-presidente de Carnaval) porque ela concordou com o fato de Andréa e Mauro ficarem à frente do projeto. Tenho compromisso com outra escola e, extra-Carnaval, muito trabalho também. Além disso, foi no Império que ganhei meu primeiro Carnaval. Então, há ainda um lado bem sentimental envolvido nesta decisão', declarou a artista, que comentou a respeito de seus dois assistentes.
'O Império terá um Carnaval assinado a três mãos. Mauro e Andréa, assim como eu, foram alunos da Escola de Belas Artes e são de minha total confiança. Os dois, inclusive, estiveram comigo no desenvolvimento do projeto do Pan. Ele é um excelente figurinista e ela, que se destaca mediante o trabalho com esculturas e adereços, ficará encarregada de cuidar das alegorias'.
A notícia da contratação de Rosa Magalhães deixou toda a diretoria do Império em estado de graça. Principal articuladora da chegada da carnavalesca, a vice-presidente de Carnaval Raquel Valença revelou que recebeu a confirmação de que Rosa havia aceitado o convite somente na manhã deste sábado.
'A Rosa tinha dito que iria conversar com a diretoria da Ilha na quinta-feira, à noite. Depois disso, não houve nenhum contato conosco. Decidi então mandar um e-mail para ela e a resposta só chegou hoje (sábado), às 10h30, quando ela disse que iria à feijoada e levaria seus dois assistentes. No mesmo e-mail ela pediu para que se houvesse alguma apresentação em público, ela gostaria que fosse realizada cedo porque teria outro compromisso depois das 17h', contou Raquel.
Para a dirigente, a volta de Rosa ao Império significa um grande estímulo para a escola lutar pelo título do Acesso. 'O imperiano tem quase que um sentimento místico com a Rosa, pois ela deu o último título nosso. Muitos duvidaram que ela aceitasse, mas a hora chegou. Eu mesmo ainda estou comemorando. Ela acredita no potencial do Império e vai ajudar a escola a subir. Nosso pensamento agora é só esse. Temos que dar as condições para que a Rosa desenvolva um grande trabalho', completou.
Fonte: O Dia on line.


Jorginho do Império na apresentação de Rosa Magalhães.

domingo, 14 de junho de 2009

Reativação das postagens.

Amigos do blog, dia 27 de março de 2009 nasceram meus dois bebês, Tricia e Luca Vasco. Entre mamadeiras e fraldas, volto a postar, cheio de amor e felicidade. Viva a vida, o Carnaval e nosso Império Serrano.
E eles já estão dormindo embalados pelos sambas de enredo Imperianos.


Dois novos imperianos!

sábado, 21 de março de 2009

Pausa para nossa História - Campeã de 1982.

Vamos fazer uma pausa nas críticas ao resultado do Carnaval 2009, para admirar uma foto do antológico desfile campeão do Império Serrano em 1982. Debaixo do fortíssimo sol carioca do final de uma manhã de verão, o Rio de Janeiro vibrou ao som do " Bum bum paticumbum prugurundum". Tempo em que samba de verdade ainda ganhava títulos!
Império Serrano é história do samba!!!

domingo, 8 de março de 2009

Jornal "O Globo" - "Império Serrano provoca um Tsunami de alegria na platéia".


O enredo sobre o mar, foi comparado com um Tsunami de alegria, pelo jornal "O Globo".
Bem que os jurados poderiam ser carregados por um Tsunami de verdade!
Parodiando o poeta, "foi um mar que passou em minha vida".

sábado, 7 de março de 2009

De um lado a Imprensa e o povo, do outro os jurados...


Jornal Extra - 23/02/2009.
Curioso, só os jurados não ficaram empolgados.
Quais são os critérios de julgamento? Dinheiro? Poder político na Liesa?
O Carnaval afastou-se de seu povo!
Felizmente o Império Serrano será sempre do samba, sempre Popular!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Carnaval 2009 - Ala das Baianas - Estandarte de Ouro.



A tradicional Ala das Baianas da Serrinha fez história, ganhando mais um prêmio "Estandarte de Ouro" de Melhor Ala das Baianas.`

Lembramos que é o quinto Estandarte das nossas baianas: 1984, 1987, 2001, 2004 e 2009.

Infelizmente os jurados não tem a sensibilidade e inteligência para perceber a linda evolução de nossas baianas, que verdadeiramente giram, e não desfilam em posição militar como muitas outras alas de baianas. Vejam nossas notas de evolução: 9,8 + 9,9 + 9,9 + 9,8= 39,4. Conseguiram tirar 6 décimos da evolução da escola, que dançou, girou, sambou, até se acabar.

Perdão samba, eles não entendem nada de Carnaval !

domingo, 1 de março de 2009

Desfile 2009 - Bateria Estandarte de Ouro.


Fonte das fotos: UOL Carnaval 2009.
Hoje iniciarei a postagem de fotos do lindo desfile imperiano em 2009.
Começamos pela bateria nota mil!!
Mais uma vez ganhamos o "Estandarte de Ouro" como melhor bateria do Carnaval.
As outras baterias devem ficar felizes com o nosso rebaixamento, só assim elas terão alguma chance de ganhar o tradicional prêmio.
Valeu batera do Império, Sinfônica Brasileira do Samba!!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Carnaval Carioca - novo túmulo do samba.

O grande derrotado com o rebaixamento do Império Serrano é o Carnaval carioca.
Como rebaixar uma Escola de Samba que fez um desfile como o nosso ??!
Samba antológico, bateria nota mil, evolução maravilhosa com todo mundo sambando e cantando. Fantasias simples, mas de extremo bom gosto, leveza e tonalidade suave. Alegorias dentro do enredo, totalmente acabadas e de bom gosto.
O Carnaval do Rio de Janeiro precisa de outro rumo, pois o luxo, o passo marcado, as alegorias e alas teatralizadas, as fantasias gigantescas ( parecem alegorias individuais, que desconforto para brincar o Carnaval!), todos fazem o Carnaval do Rio cada vez mais parecido com o de São Paulo.
Quem diria, o Rio de Janeiro está virando o novo "túmulo do samba".

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

G.R.E.S. Império Serrano - Carnaval 2009.


Carnaval 2009 - Meu vigésimo sexto ano consecutivo de Império Serrano.
Desfile Histórico com a reedição do enredo de 1976 "A lenda das sereias e os mistérios do mar".
Aprendi a amar o Império com este samba, quando em 1976 tinha 8 anos de idade. Que emoção poder defendê-lo na Sapucaí! Obrigado Serrinha!!
Em agradecimento inauguro hoje este blog, que será mais um território imperiano na internet.